29 de mar. de 2014
Jovens cometem suicidios na capital
O que leva um jovem cometer Suicidioss?
Dados do Mapa da Violência mostram Teresina no 1º lugar entre as capitais brasileiras no número de suicídios levando-se em conta todos os habitantes e em 2º lugar na população jovem entre 15 e 24 anos, atrás apenas de Boa Vista (RR). Os índices motivaram a criação do Comitê Estadual de Combate ao Suicídio que irá apurar e trabalhar para diminuir esses valores. Entre as ações previstas estão a criação de um Centro de Referência e de grupo para estudar esse fenômeno nas cidades do interior do Piauí.
De acordo com o estudo, de 1998 a 2008 a taxa de suicídio a cada cem mil pessoas na população total saltou de 6,0 para 9,6. Entre os jovens, o número é maior: passou de 5,7 para 14,4 a cada 100 mil. O estado do Piauí está em quinto lugar nos dois grupos, segundo o Mapa.
Nos ultimos dias a capital do piaui comteram suicidios dentro do proprio domicilio,o motivo,não se sabe,o certo é que o que leva esses jovem a fazer isso envolve uma serie de fatores psicologicas,Neste sabado um adolescente de um colegio particular localizado no bairro marques veio a obto apos cometer suicidios,e semana passada foi um jovem tambem de escola particular localizada no centro da capital.
Mas ai fica a pergunta:o que leva jovens e adolescentes a cometerem suicidios?
Entenda um pouco sobre causas de homicidios:
SUICÍDIO
O suicídio é hoje a terceira causa de morte na adolescência e a tentativa de auto-exterminio a principal causa de emergência psiquiátrica em hospitais gerais.
Nos últimos 10 anos, têm aumentado as taxas de tentativa de suicídio e suicídio consumado em jovens.
98% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum trasntorno mental à época do Suicídio (Flesmann, 2002), especialmente transtorno do humor (depressão, bipolar, etc).
Mais de 70% das crianças e adolescentes com transtornos de humor grave não apresentam sequer diagnóstico que dirá tratamento adequado.
Em média, um único suicídio afeta outras seis Pessoas (Fleishman, 20
Muitas vezes o suicídio é omitido pela família, que apresenta dificuldade e preconceito para lidar com esta difícil questão (Bertolote, 2004).
O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países.
Homens cometem suicídio quatro vezes mais do que as mulheres e est últimas tentam suicídio mais vezes, com métodos, porém menos letais.
A baixa incidência do suicídio em crianças está relacionada a maior dificulade de acesso a métodos letais e imaturidade cognitiva.
No Brasil, a taxa de suicídio em jovens entre 15 a 24 anos aumento 20 vezes de 1980 para 2000, principalmente entre homens (Wang, Bertolote, 2005).
SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A ideação suicida é comum na idade escolar e na adolescência; as tentativas, porém, são raras em crianças pequenas. Tentativas de e suicídio consumado aumentom com a idade, tornando-se comuns durante a adolescência.
Crianças suicidam com fatores desencadeantes: discussão com os pais, problemas escolares, perda de entes queirdos e mudanças significativas na família.
Até os 6 a 7 anos a criança encontra-se na fase do pensamento pré-lógico, com predomínio do pnesamento mágioco q, com dificuldade de simbolizar e conceituar o que leh chega sob forma de percepção.
No seu modo egocêntrico e animista de pensar, a criança não admite a existência do acaso, já que relaciona todos os eventos a suas próprias experiências (Assumpção, Tratado de Psiquiatria).
Nesta fase, a idéia de morte ´e limitada e não envolve uma emoção em especial.
O pensamento mágico vai sendo substituiodo pelo raciocionio lógico e a morte para de ser vista como processo reversível e torna-se uma idéia de processo de deterioração do corpo irreversível; sem preocupação, porém com o que virá após a morte.
Aos 11 a 12 anos, há passagem do pensamento concreto para o pensamento abstrato, Estágio das Operações Formais (PIAGET , 2000). Nesta etapa surge a preocupação com a vida após a morte (Toress, 1999).
O jovem entra no mundo através de profundas alterações no seu corpo, deixando para trás a infância e e é lançado num mundo desconhecido de novas relações com os pais, com o grupo de iguais e co m o mundo.
Assim, invadido pó forte angústia, confusão e sentimento de que ninguéjm o intended, que está só e que é incapaz de decidir corretmente seu futuro.
Isso ocorre, principalmente, se o jovem estiver num grupo familiar também em crise, por separação dos pais, violência doméstica, alcoolismo ou doença mental de um dos pais, doença física ou morte (Resmini, 1997).
O jovem que considera o suicídio comum a solução para seus problemas deve ser observado de perto, principalmente se estiver se sentindo só e desesperado, sofrendo a pressão de estressores ambientais, insinuando que é um fardo para os demais. Pode chegara dizer que a sua morte seria um alívio para todos.
FATORES DE RISCO
90% dos jovens apresentam algum transtorno mental no momento do suicídio (e em 50% destes o transtorno mental já estava presente havia pelo menos 2 anos).
Agressividade e desesperança são os fatores mais comuns (Shaffer, 1996).
Comportamentos de risco: envolvimento em esportes radicais sem técnica e equipamentos adequados, dirigir embriagado, uso abusivo de drogas ilícitas, atividade sexual promíscua, brigas constantes e de gangues.
Fatores Cognitivos que indicam risco para uma primeira tentativa ou recorrência do comportamento suicido nesta população (Kuczynsky, 2003):
Desesperança
Menor potencial para geração de soluções alternativas para situações problemáticas interpessoais e menor felexibilidade para enfrentar situações problemáticas
Estilo de atribuição difuncional (considerar eventos negativos comode sua responsailidade, duradouros ou de impacto sobre todos os aspectos de sua vida) – freqüente associação com quadros depressivos de longa evolução
Impulsividade.
Violência Física e Sexual (Shaffer, 2001)
Fatores Sócio-Culturais: sucesso escolar (cobrança dos pais), mudanças sociais abruptas, acesso fácil a armas de fogo.
SUICIDIO E TRANSTORNOS DO HUMOR
Os transtornos mentais mais comumente associados ao comportamento suicida são depressão, mania ou hipomania, estados misots ou ciclagem rápida, transtornos de conduta e abuso de drogas (Shafer, 2001).
Mas crianças e adolescentes com humori irritável, agitação psicomotora, delírios, crise de violência súbidta e alucinações auditivas tambem apresentam alto risco de suicídio a curto prazo.
Num estudo prospectivo com adolescentes deprimidos, houve 50,75 %de tentativa e 7,7% suicídios cometidos na amostra de Weismman (1999).
Pacientes com Transtorno bipolar apresentam risco 10 vezes maior do que a população normal de cometer suicídio.
O grupo com miaior risco de suicídio é de homens jovens, em fase inicial da doença, principalmente que tenham feito um a tentativa prévia de suicídio, que abusam de álcool ou recém saídos de internação psiquiátrica. Risco maior também está nos pacientes com estados depressivos, misstos ou mania psicótica (Simspon e Jamison 1999).
Geller ET all (1998) observaram que sérias intenções e pensamentos suicidadas ocorriam em 25,2% das crianças com transtorno bipolar estudadas.
Strober ETA AL (1995) em estudo prospectivo de 5 anos com adolescetnes com tanstorn obipolar notaram sérias tentativas de suicídio em 20,4% dos pacientes, principalmente naqueles com pouca adesão ao tratamento.
Quanto mais precoce o início do quadro de transtorno bipolar, mas grave é sua apresentaçaão e pior o seu prognóstico.
Estes pacientes apresentam mais sintomas psicóticos e maior incidência de fases mistas, aumentando o risco de tentativas de suicídio (Schurhoff etall 2000).
MITOS E VERDADE DE COMPORTAMENTOS SUICIDAS
Fonte: Lee Fu-I (TR. Bipolar na Infância e Adolescência, pg74, 2007,)
MITOS
Quem quer se matar não avisa!
Um suicida quer realmente morrer?
Suicídio é covardia ou coragem?
O suicida tem que estar deprmidio?
VERDADES
80% avisam que vão se matar!
O suicida não quer morrer e sim parar de sofrer!
O suicídio é visto como uma solução!
CASOS DE TENTATIVAS DE SUICÍDIO COM GRANDE RISCO DE NOVA TENTATIVA
Ainda com ideação suicida
Sexo masculino
Idade Superior a 16 nos
Falta de suporte familiar
Humor deprimido ou estado misto
Ansiedade Extrema
Uso concomitante de álcool e drogas
Agitação Psicomotora
Episódios de Violência direcionada a outras pessoas
Presença de sintomas psicóticos (alucinações e delírios)
RECOMENDAÇOES AO SE AVALIAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE TENTARAM SUICÍDIO
Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com seriedade, mesmo quando possam parecer falasas ou manipulativas
Ajudar o cliente a avaliar a situação, permitindo que ele descubra novas soluções para seusofrimento, explorar com ele tais soluções e orientá-lo em direação a uma ação concreta.
Procurar compreender as razões pela qual a crinaça ou adolescente optou pelo suicídio como forma de lidar com seu sofrimento, não minimizando seus problemas e sofrimento
Transmitir esperança sem dar falsas garatntias e não fazer promessas que não possam ser cumpridas
Romper o isolamento em que vive o jovem e abordá-lo diretamente
Expressar disponibilidade de escutá-lo sem julgamento, evitar insultos, culpabilizaão ou repreensões morais.
Reconhecer a legitimidade do problema e tratá-lo como adulto
Avaliar a urgência do caso, verificar se as idéias de suicídio são freqüentes e se o jovem apresenta meios para executá-lo
Não deixar o cliente sozinho até que as providências sejam tomadas.
Desmentir o mito dde que os adultos não podem mais ajudá-lo
Envolver a família
(Adaptado de Bouchard, 2001,
QUESTÕES QUE AJUDAM A AVALIAR A INTENÇÃO SUICIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Você já se sentiu chateado alguma vez em que desejou morrer?
Alguma vez você fez algo que sabia ser perigoso o bastante para você se machucar ou até mesmo morrer fazendo isto?
Alguma vez você tentou se machucar?
Alguma vez você já tentou se matar?
Você às vezes pensa em se matar?
(Adaptado de Jacobson, ETA AL 1994
SINAIS POSSIVEIS DE IDEAÇAO SUICIDA EM ADOLESCENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR
Humor deprimido
Queda do rendimento escolar
Aumento do isolamento social
Perda de interesse em atividades que antes davam prazer
Mudança na aparência (negligência ou desleixo aos cuidados pessoais)
Preocupação com temas relacionados a morte
Aumento da irritabilidade, crises explosivas de raiva
Alteraçoes no comportamento
Desfazer de pertences
Uso de álcool ou drogas
Mudança no padrão do sono e/ou apetite
Uso de expressões verbais “auto-destrutivas”- “Queria morrer”
Não se importaem fazer planos para o futuro
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