28 de jul. de 2014

Enzo

                                   

    Era cedo, umas nove horas da manha. Eu digo cedo, por que costumo acordar as onze. Mas era um dia especial. Não poderia levantar as onze. Minha mãe gritava, me dava ordens. Mas ignorei todas e fiz apenas o que me interessava. Bom, antes que você me julgue como péssima filha, preciso lhe informar que estou de férias e, quanto à minha mãe, ela é mãe. É chata por natureza (e que ela não leia isso!).
Terminei tudo o que devia e fui me arrumar. Ia encontra-lo novamente, depois de uma longa semana. Nossos encontros eram especiais. Chegamos num parque, que lota aos fins de semana. Muitos casais espalhados por toda a grama. O sol pairava na altura dos nossos olhos, fazendo a paisagem mais bela. Tudo lindo, encantador, até que ouvi uma voz de taquara rachada pairando a altura dos meus ouvidos: “Eeeeeeeeeeeeenzo!” E não parava de bradar: “Enzoooooo! Olha pra cá...” A voz ganhou corpo. Já não era uma mulher. Eram três. Ele se interessava bem mais pela árvore que pela câmera. Cheguei a comentar com meu namorado, codinome Vennagor, que ela devia segui-lo e tirar fotos naturais, ao inves de gritar para chamar a atenção do bebe... Creio que ele tinha aprendido a andar recentemente, por que cambaleava pela grama. Tao fofo o Enzo, que até me apaixonei. Devia ser ele o mais novo integrante da família. Chegou um momento em que todos bradavam seu nome. Nossa, que insuportável. Até que Vennagor gritou baixinho: Maldito Enzo! Devem ter ouvido, por que quando notamos já haviam saindo de lá... depois de tudo isso, conclui uma coisa: meu filho não se chamará Enzo.

Peço que envie as criticas. Agradeço a atenção. Lilia.

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