21 de jul. de 2014

Protesto Sobre a morte de Travestir

Um grupo de amigos da travesti Makelly Castro, encontrada morta na sexta-feira (18) em Teresina, realizou nesta segunda-feira (21) um protesto em frente à Delegacia Geral. Com cartazes e faixas, os manifestantes foram cobrar do delegado geral James Guerra celeridade na investigação que apura o assassinato de Maciel Batista Ismael Sousa, 24 anos, como era registrado o nome da vítima. Conforme a secretaria executiva do movimento LGBT, Talita Beatriz Freitas, este é o 8º caso de agressão homofóbica registrado este ano no Piauí.
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Manifestantes levaram cartazes para pedir justiça (Foto: Catarina Costa/G1)          Manifestantes levaram cartazes para pedir justiça

 Representantes de entidades homossexuais se reuniram com delegado geral (Foto: Catarina Costa/G1)“Queremos que a polícia prenda a pessoa que matou nosso amigo. Acreditamos que essa pessoa que tirou a vida da Makelly seja a mesma que tenha tentado assassinar outros dois travestis. Em um dos casos, a vítima só não morreu enforcada porque fingiu estar morta. Queremos justiça para esses casos”, pediu a secretaria.
"Vamos receber as imagens das câmeras de vigilância de alguns pontos próximo ao local onde o corpo foi encontrado e acreditamos que com esses registros poderemos comprovar a suspeita de que a vítima foi morta em outro local e jogada lá no Distrito Industrial", disse o delegado James Guerra.Ainda de acordo com Talita Beatriz, o número de casos homofóbicos no Piauí é grande, entretanto, não há registros oficiais porque as vítimas têm medo e vergonha de denunciar para a polícia.

Segundo o Movimento LGBT, o Piauí conseguiu avançar no combate a discriminação, pois recentemente conseguiu colocar outros gêneros no Boletim de Ocorrência feito pela internet, mas por outro lado o estado é o terceiro em números de denúncias contra homossexuais e travestis registrado no Disque 100.

Após o ato, o delegado geral James Guerra, recebeu alguns representantes dos manifestantes para apresentar resultados da investigação que apura a morte de Makelly Castro. Segundo o delegado, o laudo do Instituto Médico Legal diz que a vítima sofreu asfixia mecânica e que apesar de não haver marcas de agressão pelo corpo da vítima, a morte se deu de forma violenta.

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