1 de ago. de 2014

Desnível em trecho na Ponte da Amizade aumenta e alça pode cair

Direto da Redação

Paulo de Tarso analisou a ponte e o desabamento poderá ocorrer apenas na alça (Foto: Carlienne Carpaso/G1)Josiney trafega pela ponte todos os dias e confessa ter medo de que algum acidente grave, como um desabamento possa ocorrer a qualquer momento, caso as fitas metálicas sejam rompidas devido ao grande fluxo de automóveis. “Pra mim, aquilo que um dia poderia ser motivo de um acidente se tornou muito mais evidente já que o problema continua aumentando. Por aqui passam ônibus, caminhões, carros e os riscos vão ficando maiores”, disse o autônomo.)

Desnível no asfalto denuncia falha estrutural na Ponte da Amizade (Foto: Carlienne Carpaso/G1)Desnível no asfalto denuncia falha estrutural na Ponte da Amizade 
Depois de três meses, o fizemos um retorno à ponte Presidente José Sarney, mais conhecida como “Ponte da Amizade, que liga Teresina (PI) a Timon (MA), e verificou que o desnível na pavimentação” continua em uma das alças. A primeira reportagem sobre o caso foi divulgada no dia 1 de maio de 2014, quando o representante do Conselho Regional de Medicina disse que a alça poderia desabar. Desde então, a erosão por baixo da ponte aumentou e as rachaduras nas paredes alargaram. O problema está localizado na descida da ponte, sentido Timon-Teresina, próximo a Avenida Maranhão.
Parte do chão também está cedendo (Foto: Carlienne Carpaso/G1)
O caso foi denunciado à equipe pelo autônomo Josiney Lima. Ele, que retornou ao local, lamenta que o poder público nada fez para mudar a realidade. “Depois da entrevista, eu continuei vindo até o local e vi que a situação piorou. Como podemos ver, a cratera está aumentando e as colunas de sustentação, no caso os blocos de sustentação, estão se deslocando porque as rachaduras estão mais graves e bem mais visíveis”, comentou Josiney.
Na época da primeira reportagem, o engenheiro civil do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) Paulo de Tarso declarou  que a estrutura total da ponte não possui graves problemas, mas a pavimentação, ao final da alça, onde existe o desvio na pavimentação, pode sim vir a desabar se os problemas agravarem.

“O encontro com a ponte, que tem um aterro relativamente alto, é feito por paredes verticais pré-fabricadas, elas são placas de concreto armado intertrevados, ou seja, a parede de um lado equilibra a parede do outro através de fitas metálicas. O que eu pude analisar é a inexistência de uma placa de transição da ponte e as fitas que sustenta. Como as fitas não foram projetadas para essa sustentação, elas poderão romper e pavimento pode desabar”, afirmou Paulo de Tarso, durante a primeira entrevista.
Tentamos contato com a Secretaria de Infraestrutura do Maranhão, mas não obteve retorno. Na reportagem publicada em abril deste ano, o órgão declarou que que iria tomar "conhecimento sobre a situação da Ponte da Amizade, para em seguida entrar em contato com o Governo do Piauí e avaliar as responsabilidades pela conservação do local". Apesar do problema estar situado do lado piauiense, a administração do Piauí informou que a responsabilidade pela ponte, construída pelo Governo do Maranhão em 2002, é de responsabilidade do estado vizinho.

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