Dados do Anuário de Segurança Pública de 2013 apontam que no Piauí aumentou nos anos de 2011 e 2012, em 47% em crimes violentos letais, sendo a maior variação do país. Esses crimes considerados letais englobam homicídio, latrocínio e lesão seguida de morte.
A pesquisa destaca, ainda, que no ano de 2011 foram registrados 349 crimes violentos letais e em 2012 o número subiu para 517 casos. Outro dado preocupante são os casos de estupros, que de 2011 para 2012, o número quase que dobrou. Em 2011 foram 238 casos e em 2012 esse crime chegou a 442 casos.
Segundo a delegada Andréia Magalhães (foto) presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí há uma comissão da OAB, secção Piauí, analisando e criando um plano de ação sobre a segurança pública. “São preocupantes os dados mostrados pelo Anuário, e sem dúvida é o reflexo da falta de estrutura e efetivo da polícia”, afirma.
A delegada faz parte dessa comissão e ainda diz que a segurança do Piauí é ineficiente. “Temos uma segurança que deixa a desejar, não há ter bons resultados se não temos um plano de ação, se há um déficit de 2.106 policias, e se não temos estrutura adequada”, explica Andréia Magalhães.
A pesquisa divulgou também dados relacionados a roubos a instituição financeira, que se mantiveram na faixa de 6 casos durante os anos de 2011 e 2012. Os roubos de cargas também permaneceram com o registro de 3 casos.
Já os roubos de veículos subiram consideravelmente de 717 para 1.131 registros em todo o Estado. Nesse total estão incluídas as seguintes ocorrências: outros roubos, roubo a instituição financeira, roubo a ou de veículo de transporte de valores (carro-forte), roubo a transeunte, roubo com restrição de liberdade da vítima, roubo de carga, roubo de Veículo, roubo em estabelecimento comercial ou de serviços, roubo em residência, roubo em transporte coletivo.
Os dados informados pelo Anuário de Segurança Pública de 2013 correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas e não, necessariamente, indicam o número de vítimas envolvidas.
A comissão deve apresentar um plano de ação sobre a situação e propostas a ser trabalhadas ao governador do Estado Zé Filho. Além disso, também irá encaminhar o documento ao sucessor do mesmo.
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